Hoje é um dia qualquer. Para mim um dia de vida, para ti não. Lembra-te de mim. Na melancolia desse outro mundo para onde decidiste partir, encontra-te e sê feliz. Tenho saudades tuas, tuas e de ti. Gostava de poder contar-te tudo o que se passa comigo e em mim, gostava de mostrar-te a minha roupa nova e de ouvir os teus elogios ao meu corte de cabelo, gostava de relembrar-te que as tuas batatas fritas eram as melhores que eu alguma vez provara. E serão sempre, acredita. Ias ficar tão orgulhosa de saber que "já sou uma mulher", que já frequento o 12º ano e que qualquer dia já tiro a carta. Ias querer tanto ensinar-me a ter essa tua garra e força para tudo o se cruza no nosso caminho. E eu, queria tanto tanto aprender, adquiri-la... Às vezes o mundo não está preparado para perder, as vezes sentimos um arrependimento trespassar-nos o corpo e instalar-se na alma. De quê? Porquê? De tudo e por tudo. Não sei se o mundo se ressentiu com a tua perda mas eu, fiquei mais pequenina. Demasiadas palavras gastas? Talvez não! Muitas ficaram por dizer, e espero sinceramente que tenhas levado contigo as melhores. Fui sempre vista como o piolho da familia, no entanto tive sempre uma grande percepção do real e vivi, sobrevivi a essa dor que te arrancou do peito qualquer vontade de querer pertencer a este mundo cruel. Amo-te e ainda que no meu jeito insensivel de ser nunca to tenha dito, eu sei que guardaste parte desse coração para me amar também. Hoje sei que não ias gostar das minhas lágrimas se tivesses presente mas neste momento te digo: lê-se saudade. Saudade minha querida avó dos mémés.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
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