Quando eu sabia viver sem ti era quando te tinha mais e agora não sei lidar com esta angústia do não te ter. Lembro-me bem de ti. Mal dou um passo o teu nome sussurra ao meu ouvido, talvez pela vontade imensa de ter-te a meu lado.
Foi o mar que te levou para conheceres o infinito, mergulhaste sem duvidar de que na água está a frescura de oceanos que nos traz a paz interior. Deixaste-me todo o sal e o sol que eu preciso para viver, ou pelo menos para existir. Tinha-te demais meu amor, tinha-te tanto que vivias pendurada na minha parede, florescias no jardim, tornavas-te a cada dia sangue do meu sangue, alma da minha alma. Que é feito da tua presença alegre e duradoura? Se eu pedir com força que o céu fique negro sob a minha cabeça, que o sal volte para o mar, que o sol viaje para outra galáxia, em troca de poder dar-te um beijo, olhar para ti uma vez mais e sentir a tua respiração, será que tu voltas? Deixas-me amar-te mais anos da minha vida, tantos quanto aqueles que eu viverei? Prometes? Eu prometo que no dia que as minhas forças se esgotarem, que eu já não tenha uma palavra para proferir nem mais uma lágrima para secar, irei ao teu encontro. Aí, seremos dois sorrisos e uma estrela.

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